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17/09/2011

Como testar uma fonte ATX

É possível testar uma fonte ATX sem a ter ligada a um computador. Para a fazer arrancar, o método é bastante simples: basta fazer um "shunt" entre o pino do fio verde e qualquer um dos pinos de fiação preta no conector ATX. A figura abaixo esquematiza um conector ATX de 20 + 4 pinos (ATX v2.0). As designações dos pinos estão de acordo com a especificação ATX.

Esquema de pinos do conector padrão ATX v2.0. O conector está orientado com a fiação para trás.

O pino correspondente ao fio verde, acima designado "PS_ON#", recebe um sinal lógico da motherboard assim que o computador é ligado. Basicamente o que a motherboard faz é aterrar esse pino, que desconectado apresenta uma tensão de +5V aproximadamente. Por isso, para emular esse comportamento é preciso estabelecer um contacto entre este pino e qualquer um dos pinos de massa "COM". Para desactivar a fonte basta desfazer esse contacto.

Conector ATX com "shunt" improvisado para ligar a fonte de alimentação.

No entanto, existem outros pinos essenciais para o arranque do computador a serem testados, nomeadamente os pinos "+5VSB" e "PWR_ON". O pino "+5VSB" é o único pino que apresenta tensão quando a fonte não está activa. É este que fornece energia aos circuitos lógicos da motherboard e à memória quando o computador está a hibernar. Tal como a designação indica, a tensão deste pino deve ser de cerca de +5V. Por sua vez, o pino "PWR_ON" indica à motherboard que a fonte está activa e a funcionar correctamente. Quando a fonte está activa, este pino deve apresentar uma tensão próxima de +5V.

Os restantes pinos também devem ser testados para confirmar se as tensões estão correctas ou não. A fiação laranja deve fornecer cerca de +3,3V, a fiação vermelha cerca de +5V, a fiação amarela cerca de +12V, e o fio azul cerca de -12V. Todas as tensões têm uma tolerância de ±5%, excepto a tensão de -12V que tem uma tolerância de ±10%. Se possível, as medições devem ser feitas com a fonte em ligeira carga (em especial no rail de +12V). Se todas as tensões estiverem dentro dos limites de tolerância, a fonte poderá ser usada sem problemas.

23/07/2011

Como instalar transformadores toroidais

Os transformadores toroidais são fáceis de instalar, pois requerem poucos acessórios. No entanto, e devido à sua construção, devem ser tomadas algumas precauções de modo a garantir o bom funcionamento e a longevidade dos mesmos.

Esquema para instalação de um transformador toroidal. O transformador está representado em corte.

A figura acima ilustra como se deve instalar um transformador toroidal. Normalmente estes transformadores vêm acompanhados com acessórios de fixação, nomeadamente um disco de fixação e duas anilhas de neoprene. Para a sua fixação, recomendo o uso de um parafuso de carruagem (também designado como parafuso de cabeça oval e arreigada quadrada, DIN 603), uma anilha normal (DIN 125), uma anilha de mola (DIN 127) e uma porca sextavada (DIN 934).

Parafuso de carruagem, anilha normal, anilha de mola e porca sextavada.

Devido à sua geometria, o parafuso de carruagem é o mais indicado para este trabalho, pois garante uma melhor distribuição de força pelo chassis e não roda durante o aperto. A anilha de mola também é importante, pois proporciona melhor controle sobre o aperto e impede o afrouxar da fixação com o passar do tempo. A instalação pode ser feita na vertical, da mesma maneira e com os mesmos acessórios, desde que o transformador não seja demasiado pesado para ser suportado nessa posição. A fotografia seguinte mostra um transformador de 230VA, pesando cerca de 2,3Kg, instalado na vertical.

Transformador toroidal instalado na vertical.

Um dos cuidados a ter durante a instalação é o de não apertar demasiado a porca, pois pode dar-se o esmagamento dos enrolamentos do transformador, ficando este permanentemente danificado. Convém apertar somente até o transformador ficar suficientemente firme (a anilha de mola não deve ficar totalmente espalmada). Outro cuidado consiste em evitar o contacto entre a ponta do parafuso e o chassis. Se esse contacto existir, o chassis e o parafuso agem como um enrolamento em curto-circuito, causando uma sobrecarga no transformador. Pelo mesmo motivo, deve-se também evitar o contacto entre o disco de fixação e o chassis. Seguindo estas recomendações, a longevidade do transformador fica assegurada.